terça-feira, 8 de julho de 2008

O metro e eu (em amena cavaqueira)

Poema sobre a minha relação com o metro. (Inclui versos grotescos)

O metro e eu (em amena cavaqueira)

Vou de Alvalade
Saio às dez
Vejo a obra
Que a câmara fez
Em tempos
Em que o eléctrico e o autocarro
Faziam sós trabalho tão bizarro
Fala o Metro
Transportar pessoas?
Mas sou burro de carga?
Vou para o Marquês
E já ninguém me larga!
Falo eu
Saem ali
Na Avenida
O bilhete está caro
Carteiristas com faro
Olha que azar
O bilhete foi ao ar!
Fala o Metro
Não consigo suportar
O barulho
O chiar
Das portas
As minhas portas
Entrem rápido
Que me fecho
Tu não!
Não pagaste bilhete
Falo eu
Porquê?
Pregas ralhete?
Fala o Metro
Não sua louca!
Falo eu
Sou rapaz!
Fala o Metro
Então levas já nessa boca!
Sai daqui
Abusador
Vai a pé
Que não te guardo rancor.

19 de Maio de 2008

1 comentário:

Rodrigo Teixeira disse...

Adoro este poema, a sério.
Escreve mais neste blog!